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terça-feira, 21 de setembro de 2010

PORQUE UM BOM TRÂNSITO INTESTINAL BENEFICIA O ORGANISMO?



O intestino é um órgão importante para a manutenção da saúde, pois está diretamente relacionado ao controle imunológico. O acúmulo de maus-tratos à função intestinal afeta o equilíbrio da microbiota intestinal, fazendo com que as bactérias nocivas fiquem em maior número, configurando situação de risco à saúde (Almeida, 2009).
Portanto, a busca pela saúde corporal inicia-se pela saúde intestinal, que está ligada a um equilíbrio das bactérias intestinais e à nutrição saudável das células da mucosa intestinal. Uma das principais funções da mucosa intestinal é sua atividade de barreira, que impede as moléculas ou microorganismos patogênicos de entrarem na circulação sistêmica (Almeida 2009).
A influência benéfica dos probióticos sobre a microbiota intestinal humana inclui fatores como os efeitos antagônicos (produção de bacteriocinas) e a competição contra microorganismos indesejáveis (Saad, 2006).
Um dos fatores que podem levar ao desequilíbrio da microbiota intestinal é a má digestão. Nem sempre o estômago está ácido o suficiente para destruir as bactérias patogênicas ingeridas junto com os alimentos, e assim superam as bactérias inatas da microbiota (Almeida, 2009). Para prevenção deste desequilíbrio, um bom aliado são os alimentos contendo bactérias probióticas, pois produzem ácido acético, que diminui o pH, elevando a acidez luminal (Quigley, 2007).
Os probióticos colonizam o intestino, devolvendo o equilíbrio à microbiota intestinal. Desta forma, acredita-se que podem proporcionar efeitos benéficos à saúde, contribuindo no controle de doenças intestinais, tanto infecciosas, como a diarréia aguda, ou funcionais, como a síndrome do intestino irritável e a constipação funcional (Morais & Tahan, 2009). Outros estudos têm sido realizados para avaliar os possíveis benefícios dos alimentos probióticos na saúde humana.
A constipação intestinal é um dos problemas mais prevalentes na população em geral. Ela pode ser secundária a múltiplas causas, no entanto, em indivíduos saudáveis, isto pode ser atribuído aos seus hábitos alimentares e estilo de vida. O alto consumo de alimentos refinados, a baixa ingestão de fibras, a baixa ingestão hídrica e a inatividade física são os fatores mais envolvidos na gênese desta desordem (De Paula et al., 2008).
Além da melhoria dos hábitos alimentares e estilo de vida, existem evidências de que o uso de probióticos pode ser útil no tratamento de constipação, facilitando a evacuação intestinal (De Paula et al., 2008; Bu et al., 2007).
Com o objetivo de avaliar estudos que demonstrassem a relação entre o uso de probióticos e a melhoria do bem estar geral dos indivíduos, Benton et al., (2007) observaram que a diminuição da incidência de constipação esteve associada com melhoria do humor, e que quem sofre de constipação crônica tem pior qualidade de vida, além de associação inversa entre constipação e sentimentos como tranquilidade, alegria e disposição. Portanto, o tratamento e a prevenção da constipação ajudam a melhorar a a qualidade de vida dos indivíduos.
Quanto à ação de probióticos na regularidade intestinal, Chmielewska & Szajewska (2010) encontraram alguns estudos demonstrando que eles foram capazes de aumentar a freqüência de defecação e melhorar a consistência das fezes.
Em revisão realizada por Quigley (2007), foram encontrados efeitos positivos dos probióticos em relação ao conforto gástrico, pelo aumento da freqüência evacuatória e melhoria de flatulência, distensão e dor abdominal utilizando-se diferentes espécies de bactérias.
Portanto, os probióticos têm sido cada vez mais utilizados como suplemento alimentar, no sentido de propiciar, no campo da nutrição preventiva, uma microbiota intestinal saudável e equilibrada ao hospedeiro levando a diversos benefícios à saúde. As principais bactérias utilizadas como probióticos são as bifidobactérias e os lactobalilos (Theophilo & Guimarães, 2008; Benton et al., 2007).




Referências Bibliográficas:



1. Almeida LB, Marinho CB, Souza CS, Cheib VBP. Disbiose intestinal. Rev Bras Nutr Clin 2009; 24 (1): 58-65.

2. Saad SMI. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Rev Bras Cien Farmacêuticas.  2006; 42:1 – 16.

3. Quigley EMM. Probiotics in the management of colonic disorders. Current Gastroenterology Reports 2007, 9:434–440.

4. Morais MB, Tahan S. Constipação intestinal. Pediatr. Mod. 2009;45:79-98.

5. De Paula JA, Carmuega E, Weill R. Effect of the ingestion of a symbiotic yogurt on the bowel habits of women with functional constipation. Acta Gastroenterol Latinoam 2008;38:16-25.

6. Bu L, Chang M, Ni Y, Chen H,  Cheng C. Lactobacillus casei rhamnosus Lcr35 in children with chronic constipation. Pediatrics International (2007) 49, 485–490.

7. Benton D, Williams C, Brown A. Impact of consuming a milk drink containing a probiotic on mood and cognition. European Journal of Clinical Nutrition. 2007; 61: 355–361.

8. Chmielewska A, Szajewska H. Systematic review of randomised controlled trials: Probiotics for functional constipation. World J Gastroenterol. 2010;16: 69-75.
FONTE: DANONE

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